12 outubro, 2012

Casa | منزل

A casa representa a essência da existência humana. Por ser o local onde passamos mais tempo, por ser o local em que nos queremos sentir confortáveis, por ser o nosso local... depressa nos apropriamos dele, ocupando-o com símbolos, com imagens, com objectos... Naturalmente são também estes os espaços, que desde as eras mais antigas, respondem mais eficazmente aos enquadramentos da sua localização, quer sejam factores climáticos, sociais, religiosos ou políticos...
A casa pode ser o espelho de uma sociedade, e foi com este intuito que nos últimos meses tentei perceber a Casa tradicional islâmica que pelo exterior se assume simples, despojada de ostentação e que se fecha para o exterior. Por outro lado, no seu interior não há limites para o conforto e o luxo... a Casa abre-se para um pátio coberto interior que representa o seu núcleo principal, respondendo à privacidade da fé islâmica e ao principal local de convívio da família, mas garantindo também uma boa resposta aos constrangimentos climáticos extremos das regiões árabes. Formalmente a casa também costuma estar organizada de modo a garantir a privacidade das áreas intimas das casa relativamente ás áreas destinadas aos convidados, e por vezes existem dois pátios que espelham a distinção entre sexos feita naturalmente na sociedade islâmica.
Infelizmente em Doha, não conseguimos encontrar facilmente exemplos desta arquitectura tradicional que tenha perdurado pelos séculos, mas consigo agora perceber com maior clareza a organização do caos de barracas e construções que se estendem frente ao Hotel onde morei estes sete meses... Até manhã...

 

4 comentários:

  1. Parabens Bruno pelo teu blog:) ja cheguei a ca vir com o telmo assim só de passagem mas hoje li alguns dias assim mais em promenor e gostei:) acredito de tenho sido uma boa experiencia com algumas coisas menos boas:) tens de nos contar pessoalmente as tuas vivencias nesse "aquario".. beijinho e bom regresso ao retangulo à beira mar plantado:)

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  2. Olá Leandra.... Sim vamos com certeza arranjar um dia para jantarmos!!!! E vou contar tudo!!!! :)

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  3. Amigo, estou de momento a passar por uma experiência semelhante, apesar que é em França e de 15 em 15 dias regresso para ver a família. No meu caso não sendo a distância ou a acentuada diferença cultural que sentes, é o facto de deixar a esposa e os pequenos que tornam as coisas também difíceis. Penso que o pior momento, mesmo, é o do regresso depois de termos estado uns dias com aqueles que gostamos. Coragem, são estas coisas que fazem de nós Homens para a vida... Ab,

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  4. Obrigado Manuel... As tuas palavras são bonitas...
    Coragem a todos os que passam por situações idênticas às nossas... Um forte abraço...

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